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domingo, 9 de setembro de 2012

Ausências...


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Há uma maré de ausências intermitentes em mim 
Que começam vorazes, velozes, vozes 
Pulsos pulsantes em um balanceio dançante de nadas 
 
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Estremeço 
Nem sempre posso conter tal angústia aqui dentro 
De não compreender o que se sabe, o que se há 

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Afinal, o que resta de útil além do que não temos à mão? 
Se o tempo todo nos debruçamos sobre a falta 
Extirpando a beleza da presença, fazendo nascer saudade 

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A cada lembrança, um alento, um afago que amansa o peito 
Na contramão da ferida fica cada uma de minhas ausências 
E eu me deparo com um final... sem fim.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Amor de pele, amor de alma...




















Se o meu amor tivesse um nome, ele se chamaria certeza 
Das dúvidas que tenho em esquecer 
Das aventuras que insisto em querer 
Dos arrepios que só sinto por você 

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Se o meu amor tivesse uma roupagem, ela se chamaria sonho 
De ter a sua presença ao meu lado 
De me libertar da distância, da angústia e do medo 
De sucumbir em seus braços, até o amanhecer 

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Se o meu amor tivesse uma forma, ele envolveria pele e alma 
Para que nunca nos faltasse essência, jogo, charme
Para que a gente se jogasse sem grandes temores 
Vivendo a plena completude de ser feliz!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O fim do começo é o começo do fim...


O fim é o meio de muitos começos
Entre começos que nunca são fins.

Meios de fins, fins de começos
Começos de fins que se tornam meios do início.

Todo meio é parte e se divide em inteiro
Para ser fim, não apenas passageiro.

Começo para chegar ao fim e enxergar a metade
De inteiras verdades presentes no coração.

Que todo fim possa ser fruto da origem de um começo
Que já foi metade, mas que hoje se faz inteiro.

FIM... OU NÃO!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Só por hoje...


 
Problemas? Desafetos? Contas que estão para vencer?
Planejamentos, ideias e tudo aquilo que eu não deveria procrastinar?

Só por hoje, deixarei para amanhã.

O agora não me resolve, não me conforta mais.
Nada será solucionado em um prazo menor que o dia seguinte.

Só por hoje, deixarei para amanhã.

Guardo os textos não-terminados, as frases cortadas pela metade...
As vírgulas, os pontos finais, as exclamações ditas num olhar.

Só por hoje, deixarei para amanhã.

Porque, no momento presente, o futuro me acalenta.
Me dobra no meio, me faz e desfaz – fingindo-se de contente.

Só por hoje, deixarei para amanhã.

Amanhã a gente conversa. Amanhã a gente vê.
Apenas por agora, permita-me não pensar em nada.

Amanhã pode ser tarde... 

Mas hoje? Hoje é muito, muito cedo...

sábado, 15 de outubro de 2011

Realidade nua e crua...

 
Meu intuito nunca foi pintar a vida de cinza
Construir uma rotina que fosse rabugenta ou burocrática demais

Buscava versos fáceis e cor-de-rosa, que traduzissem o meu ser
Óculos de flores, imensidão de amores, doce ilusão

Contudo, percebi por um momento, ainda hesitando
Que colocar os pés no chão pode ser simplesmente difícil

As exigências cotidianas me puxaram de lado para uma conversa
Papo sério, conselho irrefutável: “Acorda, enquanto é cedo!”

Confessando bem, não sei se quero ainda acordar
Nem me sinto preparada mesmo para isso

Mas a garoa veio bater à minha janela, fina como sempre
Dizendo para eu deixar de sonhar e ir levantando de mansinho

Assim, o choque será menor – e as conseqüências também
E conseguirei, enfim, partir em direção à realidade nua e crua...


... tal como ela é!